Teatro

Fitei

RESENHA HISTÓRICA DO FITEI

Em Novembro de 1978, o Porto transformou-se com a realização do primeiro FITEI. As gentes da cidade e suas periferias saíram à rua, indiferentes à falta de conforto das inóspitas salas e espaços que nessa altura albergavam as iniciativas teatrais na cidade.
O FITEI, torna-se então o primeiro festival de teatro a acontecer em Portugal. Constituiu um enorme êxito e desde então realizou-se ininterruptamente na cidade do Porto.
Entretanto, a cidade alterou-se. O aparecimento do FITEI e de outras estruturas criaram a necessidade de recuperar equipamentos. Surgiram  novas salas de teatro, novas ou recuperadas, assim como novas companhias, projectos, escolas e outros festivais.
O trabalho de divulgação do teatro que se faz em diferentes continentes onde se falam as línguas ibéricas é reconhecido nacional e internacionalmente. Em 1982 recebe o prémio de "melhor organização" da Associação Portuguesa de Críticos. Em 1985 é distinguido com a Medalha de Prata de Mérito Cultural da Câmara Municipal do Porto. Em 1987 é declarado Instituição de Utilidade Pública. Em 1989 recebe o prémio especial Ollontay outorgado pelo CELCIT Centro Latinoamericano de Criação e Investigação Teatral. Em 1992 é homenageado pelo Festival Internacional de Teatro de Almada. Em 1995 recebe o prémio internacional Federico García Lorca. Em 2007 a nova imagem do festival recebe o Prémio Design Briefing para o Melhor Cartaz e o troféu de bronze no 10º Festival do Clube de Criativos de Portugal. Em 2008 recebe em Espanha o Prémio "Max Hispanoamericano de las Artes Escénicas".

Nas 33 edições já realizadas, apresentaram-se centenas de companhias de teatro, oriundas de 37 países, tendo algumas participado no festival diversas vezes.

O FITEI programou 233 vezes companhias de Portugal, 186 de Espanha, 72 do Brasil, 25 de Moçambique, 16 de Venezuela, 15 de Angola, 13 da Argentina, 9 de Cuba, 7 de Cabo Verde, 6 da Colômbia, 5 do México, 4 do Perú e do Chile, 3 da Guiné-Bissau, do Uruguai e de Porto Rico, 2 do Equador, dos EUA, da Guatemala, de S.Tomé e Príncipe e de Timor-Leste, 1 da Bolívia, da Costa Rica, de El Salvador, de Macau, do Panamá, do Paraguai e da República Dominicana.

Fora do âmbito da expressão ibérica actuaram seis companhias de França, duas de Itália e uma de cada um dos seguintes países: Reino Unido, Canadá, Bulgária, Checoslováquia, Grécia, Japão e Alemanha.

Foram representadas 644 peças e realizados 1.428 espectáculos, para cerca de 900.000 espectadores, para além de inúmeras de Actividades Paralelas, Actividades Extra Programa e espectáculos em extensão.
 A partir de 2005 o Festival procurou abrir a programação a novas tendências artísticas, bem como abranger novos públicos. Neste âmbito, foram notórias as edições de 2006 e seguintes, que atingiram um público maioritariamente jovem. Também a partir de 2006, o FITEI alargou-se a outras cidades de Portugal e da Galiza, como Aveiro, Lisboa, Guarda, Coimbra, Moncorvo, Moita, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Santiago de Compostela, etc.
Trinta e três anos depois, o Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica orgulha-se de ser o mais antigo do país e continuar a contribuir para a divulgação do teatro e das artes perfomativas, questionando sempre o seu papel e contributo para a sociedade.

Seiva Trupe

A Seiva Trupe é uma a companhia de teatro portuguesa, criada em 11 de Setembro de 1973 por um grupo de jovens, entre os quais António Reis, Estrela Novais e Júlio Cardoso.
Durante estes 38 anos, a Seiva Trupe tem promovido um teatro de rigor artístico, cultural e de comunicação. Em 1993 é reconhecida como Entidade de Utilidade Pública.
A companhia organizou e participou em várias efemérides culturais, tais como: recitais, colóquios, mesas-redondas, conferências, concursos de textos de teatro, estreitou laços de amizade com dezenas de colectividades e grupos de teatro.
Foram vários os cursos de teatro organizados e a produção mais de 120 espectáculos nestes anos. Bienalmente institui o Prémio Seiva com o intuito de reconhecer e prestigiar individualidades do Porto que se destacaram nas áreas das ciências, letras e artes.
Em 2010 aquando das comemorações do Dia Mundial do Teatro (27 de Março), foi condecorada pelo Presidente da República com o Grau de Membro Honorário da Ordem de Mérito.


Teatro Nacional de São João


O Teatro Nacional São João (TNSJ) localiza-se na Praça da Batalha, no centro histórico da cidade do Porto, Distrito do Porto, em Portugal.
Denominado originalmente como Real Teatro de São João, a sua primitiva edificação foi erguida em 1794 por determinação de Francisco de Almada e Mendonça, com projecto do arquitecto italiano Vicente Mazzoneschi, que havia sido cenógrafo do Teatro de São Carlos em Lisboa. Foi inaugurado com a comédia "A Vivandeira" a 13 de Maio de 1798, com o intuito de assinalar o aniversário do príncipe D. João (futuro D. João VI), motivo este por que, nos primeiros tempos, ainda lhe deram o nome de Teatro do Príncipe.
A estrutura interior do original Real Teatro de São João era semelhante à do Teatro de São Carlos, e a sua composição próxima dos teatros de tipo italiano que, na época, se tinham estabelecido como regra de sucesso.
Em 11 de Abril de 1908 um violento incêndio destruiu completamente o edifício.
Sem se conformar com a perda, logo uma comissão se constituiu para a sua reconstrução, que teve início em 1911, com projecto de Marques da Silva. Foi inaugurado a 7 de Março de 1920 e, em 1992, foi adquirido pelo Estado português.
Hoje, o edifício totalmente reconstruído é um dos principais edifícios da cidade e local de realização dos principais espectáculos culturais, nomeadamente o festival PoNTI - Porto Natal Teatro Internacional, organizado bienalmente.
O atual edifício, de aspecto robusto mas sem estilo definido, é composto por uma imponente frontaria guarnecida por quatro colunas jónicas, entre as quais se abrem três janelas de arco pleno e outras tantas portas.
Internamente, a decoração da sala de espectáculos e principais salões ficou a cargo dos pintores Acácio Lino e José de Brito e dos escultores Henrique Moreira, Diogo de Macedo e Sousa Caldas, sendo estes dois últimos responsáveis pelas quatro figuras alegóricas colocadas no friso do entablamento e que representam a Bondade, a Dor, o Ódio e o Amor.