É este o primeiro artigo de opinião que publico neste semanário, numa colaboração quinzenal, que surge na sequência do muito amável convite que me foi dirigido pelo Dr. Rogério Gomes, director deste jornal.
Aceitei-o desde logo porque tenho uma forte ligação afectiva aos jornais. Filho que sou do José Saraiva, jornalista do Porto, que na década de 80, escolhido pelos colegas de profissão chegou a director do JN, grande jornal do nosso país, dele herdei o gosto pela leitura e pela escrita.
Acresce a isto que a minha colaboração com o ‘Grande Porto’ assenta na minha vontade de contribuir para que este jornal concretize os seus objectivos e se torne numa leitura ‘obrigatória’ para todos, numa clara viragem face ao anterior mas ainda recente declínio de publicações marcantes como o ‘Primeiro de Janeiro’ ou o ‘Comércio do Porto’, originárias deste meu Porto.
Aproveito este primeiro artigo, neste início de 2011, para fazer a minha ‘declaração de interesses’ para memória futura.
Nasci no dia da independência, no ano da liberdade, 4 de Julho de 1974, que me confere a enorme responsabilidade da defesa intransigente da liberdade de opinião e de expressão, do respeito pelos outros e das suas diferenças, e na procura da garantia da igualdade de oportunidades para todos.
Oriundo de uma família de esquerda, humilde e trabalhadora, mas de fortes personalidades e de convicções estruturadas, procuro continuar a defesa da minha cidade e da região Norte, como forma de defender os interesses do país.
Acredito numa democracia pluripartidária de base parlamentar, e na política como actividade nobre, expressão melhor da cidadania, que deve saber aproximar-se dos cidadãos para melhor conhecer os seus anseios mas também para melhorar a transparência da sua acção.
Sinto que o actual modelo político precisa de profundo melhoramento, com a criação das Regiões, com executivos eleitos, que substituam os distritos e absorvam os organismos desconcentrados do estado, devidamente completado por uma reorganização autárquica, com menos autarquias, sejam câmaras e/ou juntas de freguesia. Defendo ainda os círculos uninominais e a redução do número de deputados na Assembleia da República.
No meu código genético está bem gravada a independência de pensamento, que cultivo por via do questionamento permanente da realidade, procurando sempre melhorar a sua expressão.
Espero que esta colaboração com o ‘Grande Porto’ seja uma das melhores formas da sua concretização.In Semanário Grande Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário