domingo, 20 de julho de 2008

Dimensão Crítica

O que fazer perante um país territorialmente pequeno, periférico, envelhecido, que tem dificuldades em recuperar de um período de estagnação económica, cujo mercado interno tem uma reduzida dimensão (apenas 10 milhões de habitantes) e fraco poder de compra ?
Deverá ser incentivado o mercado interno através do aumento do poder de compra, via aumentos salariais ? Deverá ser efectuada a aposta nos mercados externos, apesar destes estarem a braços com fases de estagnação económica, ou mesmo em fases de recessão ligeira ?
Ou será que devemos ver mais longe ?
Toda e qualquer decisão de gestão deve ter em conta os resultados, ou seja, o que no fim - ‘Bottom line’ - resulta de uma determinada actividade ou negócio. Assim, os resultados de uma qualquer actividade devem ter uma dimensão mínima – dimensão crítica - que possam justificar a canalização de determinados esforços, o investimento de determinados montantes de capital, e a aplicação de determinados recursos humanos e recursos materiais. Se não se obtiver dessa aposta os resultados considerados mínimos, em dimensão ou volume, financeiros ou materiais, então será preferível canalizar os recursos para outra qualquer actividade, onde se produzam melhores resultados, ou mesmo não investir. Esta é uma análise absoluta.
Todo e qualquer gestor, tende a assentar as suas decisões de investimento com base nas expectativas de obtenção de resultados, comparando as várias oportunidades existentes, que representem alternativas possíveis à aplicação desse mesmo investimento. A análise do custo de oportunidade é uma análise relativa.
No cruzamento destas duas análises é que se devem tomar decisões.

In JN em 20 de Julho de 2008 

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