sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Perseguindo a Excelência

Perante os enormes desafios que toda a sociedade tem pela frente, perante as inevitáveis provações que alguns já presentemente sentem mas que todos, em escalas diferentes, iremos sofrer, sinto que precisamos de estar ao nosso melhor nível.
Não basta fazer o que até hoje se fez, nem é suficiente manter a forma como nos comportamos socialmente ou profissionalmente. É necessário fazer mais, trabalhar mais, e fazer diferente, mudar a forma como abordamos os desafios e alterar a forma como os pretendemos vencer. Ser inovador nos processos, ser diferenciador na forma e no conteúdo. Pensar ‘fora da caixa’. Tentar ter uma visão mais em perspectiva da nossa própria actividade, ganhar distanciamento na análise de tudo que fazemos, para conseguir encontrar novas formas de o fazer, formas que sejam mais eficazes, ou mais eficientes, ou que tão só permitam acrescentar valor ao que já se faz, acrescentando maior qualidade.
Esta necessidade de nos superarmos a nós mesmos, de ultrapassarmos o que julgamos serem os nossos próprios limites, físicos e intelectuais, sermos capazes de testar ao limite as nossas capacidades, os nossos conhecimentos, as nossas competências, vencermo-nos em primeiro lugar, e com isso sabermos que podemos vencer todo e qualquer desafio que se nos coloquem.
Persistir, insistir, nunca desistir. Saber que pode não se conseguir alcançar à primeira os objectivos, mas saber que se tem de tentar outra vez, por outros caminhos, ou com outros processos. Ousar. Desafiar. Arriscar. Falhar, mas olhar a falha como parte do processo, aprendendo, analisando as causas dessa falha, para as corrigir, e saber que deve tentar outra vez e dessa vez com ainda maior determinação.
A isto se designa de mérito e superação.
Todos nós devemos incorporar essa atitude, e devemos incentivar essa atitude nos outros. O suficiente já não chega. A atitude de darmos mais do que à partida esperam de nós, de sermos capazes de ir mais além, de acrescentar mais valor ao que fazemos. Estarmos receptivos a mudar a forma como nós próprios fazemos as coisas e aceitarmos as propostas de mudança que nos apresentam. Não há perfeição, mas aperfeiçoamento. Cada passo num caminho, na procura da excelência.
Não devemos condenar o erro, desde que ele não resulte de desleixo, de incompetência, de descrença ou de resignação. Se o erro derivar da atitude da procura contínua em alcançar os resultados e da tentativa de ultrapassar as expectativas devemos aceitá-lo como parte de um processo ganhador. 
Partilhar os sucessos, falar deles, mas falar de todo o processo que levou ao atingimento desses sucessos, falando das fases menos boas, explicando que elas também fazem parte do sucesso. As pequenas desilusões, os percalços, as barreiras que tiveram de ser derrubadas, os recuos que foram fundamentais para ganhar balanço para as novas e decisivas arrancadas.
Partilhar as vitórias, saber semear a atitude ganhadora, mesmo que com isso venha a ‘pequena inveja’, que será secundarizada se todos nos abalançarmos no nosso destino comum: vencer!
Rui Saraiva
Gestor

Publicado In Semanário Grande Porto - 7 de Novembro de 2011 

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